A difícil arte da sociedade

 
 

Para quem nunca participou de uma sociedade comercial e pretende formar uma, é bom ficar atento. Para quem ja participou (ou participa), vale a dica. A boa sociedade é aquela em que todos os envolvidos se sentem satisfeitos com o empreendimento. Chegar a este ponto não é fácil. "É preciso ter paciência, paciência e paciência", aconselha Luiz Almeida Marins Filho, em seu livro Socorro! Tenho um sócio.
 
 
 
O começo
 
O início de uma sociedade geralmete tem as melhores intenções. Os sócios trabalham embuídos de um espírito de luta e cooperação que muitas vezes envolve toda a família. As reuniões são constantes e os primeiros meses são duros. Todos trabalham até tarde e o dinheiro é todo para pagar as contas.

Quando o negócio começa a crescer é que é o momento de tomar cuidado. É nessa fase que começama brotar as chamadas "individualidades dos sócios". Um quer trabalhar cada vez mais para ficar rico e o outro quer aproveitar a ausência de dívidas para viajar, curtir um pouco a vida.

Essas diferenças de estilos são quase sempre os primerios sintomas de que as coisas não vão dar muito certo pela frente. Um é acusado de ser "ganancioso" e o outro de "novo rico". Muitas vezes até os cônjuges são envolvidos neste conflito. Nessa hora é essencial pensar na empresa e procurar separar as coisas. A individualidade de cada sócio deve ser respeitada sem ultrapassar a individualidade do outro.

Quem decide
 
Outro fator complicado é quando um deles começa a ter postura de diretor principal da sociedade. O que no início era decidido dois, agora um deles que resolver sozinho. 

Quando o outro sócio perceber, já perdeu a capacidade de decisão. Dividir as funções em igualdade de trabalho, respeitando a capacidade de cada um é uma forma de evitar as diferenças.

Assim, para manter convivência pacífica, além da paciência, os sócios devem procurar não reclamar de pequenas coisas. É importante ter uma escala própria de medidas e valores e deixar passar tudo que não seja realmente importante. "Agora, cabe a cada sócio abservar com todo cuidado sua sociedade e criar sua própria relação de conselhos para uma sobrevivência pacífica", conclui Martins. 

Entre sócios: Paciência. Confiança. Transparência. Igualdade.